Começa o XIII CBAS!


Mesa de abertura do CBAS composta pelo CFESS, ABEPSS, CRESS-DF e ENESSO
(foto: Bruno Costa e Silva)

Começou hoje, 31 de julho, a 13ª edição do maior evento do Serviço Social brasileiro. Brasília, a cidade síntese das grandes contradições, construída pelos trabalhadores do Brasil, recebe mais de 2500 assistentes sociais e estudantes para um debate fervoroso de seis dias sobre as lutas sociais e o exercício profissional no contexto da crise do Capital. “Estamos aqui, na capital do país, para problematizar a crise contemporânea do capital e afirmar: a classe trabalhadora não deve pagar a conta. Estamos aqui para dizer não à discriminação, à violação dos direitos. Chamamos o Serviço Social para reafirmar os valores e princípios da profissão”, conclamou a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti, durante a abertura.

Pouco antes da mesa inicial, participantes congressistas de diversos estados do país já demonstravam grandes expectativas sobre o CBAS.”O Congresso é uma maneira de reafirmarmos nossa identidade profissional e nos atualizarmos. Um evento desta grandeza fortalece a luta da categoria”, disse David Pereira Cruz, assistente social do Judiciário de Fortaleza (CE).

Os/as estudantes também estavam ansiosos para o Congresso. E teve gente que viajou mais de 44 horas para chegar a Brasília. “Viajamos 12 horas de barco de Breves (na ilha de Marajó, no Pará) a Belém, e depois encaramos mais de 32 horas de estrada até aqui”, relataram os estudantes paraenses Ouripson Felix e Samuel Rice. Eles tiveram seu trabalho aprovado para apresentação no CBAS. “Estamos esperando um evento grandioso. Nosso orgulho é estar aqui representando a Ilha de Marajó, com um trabalho que caracteriza o estigma da pobreza de nossa região”.


Samuel e Ouripson viajaram da Ilha de Marajó/PA
para participar do CBAS (foto: Rafael Werkema)

Mesa de abertura
A presidente do CRESS-DF, Fernanda Fernandes, deu início à mesa de abertura destacando que, pela primeira vez, Brasília recebe um CBAS. “É um importante marco, tendo em vista que estamos no centro político do país. Uma cidade carregada de concreto, mas também de candangos. Uma cidade de extrema desigualdade social, mas que ainda se indigna. Agora, uma Brasília viva e combativa”, exclamou.

Em sua fala, Fernanda ainda destacou o papel da categoria no momento político que o país vive. “Temos que reconhecer a nossa postura de trabalhadores/as e nos juntar às lutas sociais por emprego e condições dignas de trabalho”.

Em seguida, o coordenador da Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO), Mario Pereira de Nascimento Silva, destacou a importância do CBAS e criticou o Ensino a Distância, “apropriado pelo Capitalismo como forma de exploração do capital”.

A presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), Elaine Behring, destacou a alegria e a emoção de um “Congresso que tem muitas linguagens: a acadêmico-profissional, a das artes e também a das lutas. Por isso devemos somar forças contra todas as formas de exploração e discriminação. Romper com o imediatismo, alienação e a barbárie generalizada”. Elaine também chamou a atenção para as eleições 2010, afirmando que é necessário qualificar o ambiente político brasileiro, propondo elevar o nível do debate político na perspectiva do socialismo.

Para encerrar a mesa de abertura, a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti, ressaltou o tema do CBAS. “Estamos aqui, 31 anos após a realização do 3º CBAS, marco político da profissão, para reafirmar que a mudança só será possível pelas lutas sociais. Só assim estaremos sendo fieis aos valores do Projeto ético-político profissional construído nos últimos 30 anos”. Ivante também conclamou os/as participantes a fortalecerem o Ato Público, que acontece na próxima terça-feira, dia 3 de agosto, na Esplanada dos Ministérios.

Lutas Sociais e Exercício Profissional no Contexto da Crise do Capital
A primeira e tão esperada conferência do CBAS abordou o tema central do Congresso. O professor da UFRJ e doutor em Sociologia (USP) Mauro Iasi ficou com a tarefa de fazer uma leitura da conjuntura e os impactos da crise na vida do trabalhador. “A conjuntura é marcada de regressões e inflexões políticas, precarização das condições de trabalho e criminalização dos movimentos sociais”, afirmou. Iasi fez uma comparação entre a atual crise do capitalismo e a da década de 70, apontando um importante diferencial: “a crise atual provoca um efeito nefasto ao pulverizar os/as trabalhadores que deixam de se ver como classe. O que se vê hoje é a desconstrução da ‘classe como classe’. Os sujeitos se veem individualizados, afastados de uma luta coletiva”, ressaltou o professor.


Mauro Iasi na Conferência de Abertura (foto: Bruno Costa e Silva)

Iasi afirmou também que a crise impactou os/as assistentes sociais em diferentes planos e que o tempo agora é para além da resistência. “A categoria deve tomar a iniciativa. É preciso dar uma resposta ideológica à ofensiva do sistema capitalista. E o Serviço Social tem experiência e acúmulo teórico, político e organizativo para isso”, finalizou.

A professora doutora Ana Elizabete Mota, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), aproximou ainda mais o debate ao cotidiano da categoria. Ela falou sobre a gravidade da atual crise do sistema capitalista, que reforça a falaciosa noção de ampliação dos direitos sociais. “O acesso a bens e direitos é defendido com argumentos equivocados: fala-se em ampliação da educação, mas isso ocorre com educação paga. Fala-se em expansão da educação, porém com a educação a distancia, que desqualifica sim a formação profissional critica de qualquer área”, ressaltou.

Ana Elizabete destacou ainda o papel dos profissionais do Serviço Social na construção do Projeto ético-político profissional. “Nossos históricos desafios emergem da questão social, das lutas e dos movimentos sociais. O Serviço Social é uma das profissões que mais densamente vem problematizando a formação profissional, sem ser corporativista. A nossa profissão tem um ideário que se revela no projeto ético-político”, completou.

O primeiro dia de CBAS foi encerrado com um grande show da brasiliense Ellen Oléria, que esquentou ainda mais o anfiteatro do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Conselho Federal de Serviço Social – CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação

Diogo Adjuto – JP/DF 7823
Rafael Werkema – JP/MG 11732
Assessoria de Comunicação
comunicacao@cfess.org.br
Aluno Rogério Marques do curso de Serviço Social FACIP-UFU faz curso de capacitação e atua como monitor em Ofícina Intermediária de LIBRAS.
 
FEIT comemora sucesso da Oficina Intermediária de LIBRAS

A FEIT – UEMG realizou, no período de 24 a 28 de maio de 2010, no salão de eventos do Ituiutaba Clube, a Oficina Intermediária de LIBRAS, com o professor e intérprete internacional Marco Antonio Maycá Arriens, que destacou a importância da linguagem corporal expressiva do profissional que atua nas diversas áreas de atendimento às pessoas com surdez.

 O encontro contou com número significativo de participantes, sendo profissionais das diversas áreas como professores, psicólogos, psicoterapeutas, fonoaudiólogos, odontólogos, intérpretes, instrutores, estudantes, familiares de pessoas surdas, dentre outros, oriundos de diversas cidades, que demonstraram realmente ter aproveitado a oficina, evento este, nunca antes proporcionado em Ituiutaba e região. 

Destaque para toda a equipe organizadora pelo trabalho exercido em favor da realização desse evento, desde a escolha do ministrante, a organização do ambiente, os recursos tecnológicos, escolha apropriada do local que atendeu a todas as necessidades da oficina, alimentação, bem como a entrega imediata dos certificados que muito acrescentará á carreira profissional dos participantes.

 Todo o sucesso é decorrente de um trabalho sério e comprometido pela inclusão, que contou com o apoio de parceiros ilustres da cidade, pessoas físicas e jurídicas, que apoiaram a causa e foram determinantes para essa realização.

 Aqueles que participaram da oficina tiveram acesso a materiais nacionais e internacionais sobre tradução e interpretação, com o objetivo de aplicar uma temática com excelência, possibilitando fazer da “fala”, uma realidade compreensível.

 Marco Arriens falou da postura do intérprete consciente do ato de interpretar, das circunstâncias internas e externas a que está envolvido, a fim de “ilustrar” de forma correta e coerente a “fala” do outro.

 O encontro teve alcançou um grande sucesso, podendo ser percebida satisfação unânime dos cursistas. Os participantes não permitiram que o palestrante encerasse o evento sem deixar agendado um novo retorno à Ituiutaba.

 Marco Arriens também proferiu palestra na Semana Integrada de Letras e Pedagogia, onde lotou o auditório do Bloco C – Campus da Fundação, despertando, também, a atenção dos presentes. Além da palestra enfatizada na cultura surda, presenteou a todos com um maravilhoso vídeo e demonstração de sua atuação no contexto interpretativo, trabalhando música e poesia.

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DIA DO ASSISTENTE SOCIAL .

DIA DO ASSISTENTE SOCIAL !

 SIMBOLO DO SERVIÇO SOCIAL 

Balança com a Tocha:

O fogo representa o conhecimento e a balança equilibrada representa o equilíbrio social. Quando ela pende para um dos lados significa desigualdade social.

O Assistente Social se utiliza do conhecimento (fogo) para equilibrar a balança promovendo a equidade e a justiça social.

 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CODIGO DE ÉTICA

 – Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

 – Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

 – Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;

 – Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;

 – Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

 – Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;

 – Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;

 – Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;

 – Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;

 – Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

 – Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física.

 JURAMENTO

 Comprometo-me a exercer, com dignidade e respeito, a profissão de Assistente Social, buscando ser criativo, humano, sensível e atento às questões sociais, fazendo da escuta, da observação e da intervenção, hábeis instrumentos de trabalho. Comprometo-me a ter como parâmetro de minhas ações os valores da democracia, liberdade e cidadania, fundamentos no direito de cada cidadão. Comprometo-me a trabalhar conforme os princípios éticos da profissão, defendendo os direitos e a emancipação da população. Comprometo-me a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e menos excludente.

 Parabéns a todos os profissionais e futuros profissionais.

Professores estaduais protestaram em Ituiutaba na tarde de ontem
24 de Abril de 2010 Um grande número de professores da rede estadual de ensino de, Ituiutaba fizeram, na tarde desta sexta-feira, (23), um protesto contra a atual situação em que se encontra os servidores da educação do Estado de Minas, com relação aos seus salários, que se hoje for levado na ponta do lápis, pode se considerar de miséria. Como deve ser e considerando que a classe de professores de Minas Gerais, e em especial de Ituiutaba, são acima de tudo cidadãos de responsabilidade e ordeiros, foi realizada uma passeata de forma pacífica pelas ruas centrais a qual contou ainda com Trio Elétrico e um carro de som, culminado com uma concentração em frente à prefeitura do município.

Com várias bandeiras e cartazes eles batiam palmas e gritavam, fazendo um só coro para que as autoridades as ouvissem.

O protesto tinha como objetivo melhorias salariais, que segundo eles estão defasadas. Eles ressaltaram que se confirmar à presença do ex. governador Aécio Neves na próxima terça-feira, (27), em Ituiutaba, o protesto irá se repetir e desta foram onde ele estiver. Segundo os professores, para o ex-governador a classe não tem que agradecer em nada. Para a professora, Cida o protesto é a forma das autoridades políticas perceberem que eles não estão à mercê de tudo e de todos, pois eles têm o seu valor e vão lutar por isso.

O que vale ser destacado é que o direito de greve existe, e que os professores se continuarem unidos, a máxima de que a união faz a força, e a de que professores unidos jamais serão vencidos, com certeza irão se concretizarem.

O importante do protesto é que tanto alunos como pais, também estão dando força, já que o salário no patamar em que está o professor que tem a profissão hoje, com um sacerdócio e mesmo sem um salário digno trabalha incansavelmente para oferecer uma educação de qualidade aos seus alunos, irá chegar ao ápice do seu limite, e aí não haverá nestes seres humanos, saúde física, mental, e nem mesmo autoestima para seguir em frente, e ver que um dia foi um profissional valorizado. O governo só dá trabalho e nunca reconhecimento. Chegou à hora de mudar.

Cartaz com beijo gay causa demissão em faculdade de Minas Gerais

  • Reprodução do cartaz/Imagem Globo MInas

BELO HORIZONTE – Um cartaz que serviria para divulgar um seminário sobre inclusão social se transformou em polêmica numa faculdade particular de Muriaé, em Minas Gerais, por ter uma ilustração de duas mulheres se beijando. O caso provocou o cancelamento do evento e a demissão da coordenadora do curso de Serviço Social da faculdade. 

Segundo os alunos do curso de Serviço Social da Faculdade de Minas (Faminas) teria exigido a retirada da ilustração do cartaz, que convida para debates sobre desigualdades e preconceito no III Congresso de Políticas Públicas – VII Semana de Serviço Social. Traz, também, imagens de negros, índios e portadores de deficiência física. O cartaz é semelhante à ilustração da capa da agenda do Conselho Nacional de Serviço Social.

– É um cartaz onde tem vários segmentos da sociedade brasileira que são excluídos. E a faculdade, mais que nunca, precisa contribuir para a defesa dos Direitos Humanos – disse o estudante de Serviço Social Vinicius Ventura.

A faculdade imprimiu o material de divulgação sem as imagens. A direção da Faminas afirmou que a ex-coordenadora do curso de Serviço Social sugeriu um cartaz que não teria sido aceito por não respeitar regras de layout já previstas pela instituição.

– A faculdade não tem nenhum preconceito. Nós apenas temos normas internas de divulgação e procuramos, dentro da parte interna de comunicação e de publicidade, estar divulgando aquilo que causasse impacto de leitura – afirmou o procurador da Faminas, Eduardo Goulart Gomes.

A ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas disse que preferiu cancelar o evento.

– Diante da recusa da instituição em autorizar a utilização dessa imagem, baseada no meu código de ética, nos princípios que constam no projeto ético-político que a profissão de Serviço Social tem, eu optei por cancelar o evento e informar aos alunos e aos palestrantes o motivo desse cancelamento – afirmou Viviane Pereira, ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas.

A representante do Conselho Regional de Serviço Social em Minas disse que a decisão da ex-coordenadora da Faminas está respaldada.

– Um dos nossos preceitos é a eliminação de toda forma de preconceito e o respeito à diversidade. Então ela (a ex-coordenadora) está respaldada pelo Código de Ética Profissional – afirmou a representante do Conselho Regional de Serviço Social Marina Castro

O Movimento Gay de Minas Gerais estuda denunciar a universidade ao Ministério da Educação.

– Apesar de permitir que o tema seja abordado intramuros, ela (a faculdade) não permite a associação da imagem à questão do combate à homofobia. Isso para nós é um contrassenso e nós vamos questionar isso – disse o presidente do Movimento Gay de Minas Gerais, Marco Trajano.

 
 A alta administração da UFU se reuniu, no dia 12/04, com alunos, professores e técnicos administrativos da Facip

Nesta segunda-feira, 12/04/10, a administração superior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) se deslocou para a cidade de Ituiutaba, no Pontal do Triângulo Mineiro, para participar de atividades comemorativas ao Dia Mundial da Saúde e se reunir com a comunidade acadêmica da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip/UFU).

Durante a manhã, o reitor Alfredo Julio Fernandes Neto e o vice-reitor Darizon Andrade, acompanhados da maioria dos pró-reitores da instituição, participaram da abertura de atividades de prevenção de saúde e palestras sobre orçamento familiar e qualidade de vida.

“Achei boa a iniciativa”, afirmou a assistente em administração, Minéia Franco que teve medida a sua massa corporal, a glicose e a pressão arterial. “Quanto mais a reitoria fica próxima da unidade, melhor tanto para nós quanto para a própria reitoria”, observa Adevailton dos Santos, diretor substituto da Facip.

 

Campus Pontal

No período da tarde, a equipe se reuniu com alunos, professores e técnicos administrativos para ouvir reivindicações e esclarecer dúvidas sobre questões administrativas que envolvem o processo de implantação do campus. Foram discutidos assuntos diversos, como cronograma de construção de prédios, assistência estudantil, vagas para servidores docentes e administrativos, disponibilização de veículos, entre outros.

“Nós estamos hoje aqui para mostrar para a sociedade a preocupação com o Campus do Pontal, o carinho como ele está sendo tratado”, disse o reitor da UFU, Alfredo Julio, lembrando que as obras estão sendo realizadas dentro do cronograma planejado.

Para Peterson Gandolfi, professor do curso de Administração da Facip, a visita demonstra a responsabilidade e transparência da atual reitoria. “Principalmente em relação ao nosso campus. Estamos em uma situação de implantação que gera na gente ansiedade. Esse ato é para diminuir essa ansiedade que nós temos. É algo que tranquiliza”, declarou Gandolfi. 

Os administradores da UFU também visitaram o Parque do Goiabal, uma área de preservação ambiental composta por “Cerradão”. A Universidade tem interesse em fazer uma parceria com a Prefeitura Municipal de Ituiutaba – que administra o parque -, para revitalizar o espaço e transformá-lo em um centro de educação ambiental e de pesquisas. 

O aluno Hudson de Lima, do curso de Biologia da Facip, acredita que foi “extremamente importante” a presença do reitor em Ituiutaba. “Ele vindo aqui, conhecendo a realidade, participando, vendo os anseios do pessoal do Pontal, é uma coisa que deixa a gente muito mais seguro sobre o nosso futuro”, opinou Lima.

http://www.dirco.ufu.br/content/reitoria-e-comunidade-acad%C3%AAmica-discutem-o-campus-do-pontal

13 de Abril de 2010 A Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio de seu reitor, Alfredo Julio Fernandes Neto e toda uma comitiva da universidade, proporcionaram nesta segunda-feira, (12), um dia de saúde aos seus colaboradores, o qual foi realizado alusivo ao Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de abril.

O evento na parte da manhã aconteceu na Sede Administrativa da Facip – unidade 2 Campus do Pontal, o qual contou com a parceria da Uniodonto que realizou higienização bucal com aplicação de bicarbonato e ultra-som aos usuários e a presença de servidores da UFU lotados na área de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor.

Também no período da manhã foi servido um café a todos os presentes e às 9h10 foi proferida a palestra: Saia do sufoco – dicas para orçamento familiar, pela administradora da UFU, Leda. Em seguida, às 10h20, foi realizada uma Roda de Conversa: Qualidade de vida e saúde mental com a Psicóloga da UFU, Abadia.

 

Concomitante as atividades realizadas acima, houve a realização de exames periódicos – Saúde Ocupacional; aferição da pressão arterial; teste de diabetes; avaliação do índice de massa corporal e dicas nutricionais.

No período da tarde, a partir das 14h, toda a comitiva da UFU, juntamente com professores, alunos e técnicos da FACIP/UFU, se dirigiram até o Campus da FACIP/UFU, no Bairro Tupã, onde numa sala em um dos blocos em fase de acabamento, se reuniram para discursar sobre o andamento das obras e demais assuntos referentes ao desenvolvimento das atividades na FACIP/UFU.

Segundo Alfredo Fernandes, é sempre uma satisfação estar em Ituiutaba acompanhando o processo de construção do Campus da UFU em Ituiutaba. Alfredo Fernandes está a frente da UFU há 15 meses e quando esteve pela última vez em Ituiutaba, em janeiro de 2009, visitando a Prefeitura de Ituiutaba, Câmara dos Vereadores, Associação Comercial e Industrial de Ituiutaba (ACII) e toda a sociedade de Ituiutaba que vem dando seu total apoio a UFU, esteve também visitando o Campus da UFU em Ituiutaba, no Bairro Tupã, quando havia somente no local algumas estacas para o inicio da construção. Na tarde desta segunda-feira, (12), foi realizada a primeira reunião naquelas instalações, as quais ainda não estão prontas, mas está muito próximo de serem concretizadas, pelo menos dentro de 2 meses os dois primeiros prédios estarão prontos para que os professores, servidores e a sociedade para terem um conhecimento de como está o andamento das obras, estimada em quase 8 milhões de reais, para que no segundo semestre de 2010, algumas turmas já possam assistir as aulas no novo Campus da FACIP/UFU. 

No dia 5 de abril, Alfredo Fernandes, esteve em Ituiutaba trazendo o apoio da administração da universidade para o Campus de Ituiutaba, quando 14 comissões de avaliações vieram avaliar os cursos da FACIP/UFU em Ituiutaba para reconhecimento. Até o presente momento todas as avaliações, considerando as notas de 1 a 5, todos os cursos atingiram nota 4. “Essa foi uma excelente nota, pois a nota 5 é atribuída aqueles cursos consolidados que irão fazer sua renovação de reconhecimento e nesse momento, numa primeira avaliação, num campus improvisado que vem sendo muito bem acolhido pela FEIT/UEMG e pela FTM, alcançar uma média desse nível é muito satisfatório. A partir do momento em que o Campus da FACIP/UFU seja ocupado, quando seus professores estejam mais acomodados e sedimentados em Ituiutaba, assim como os projetos de pesquisas, iniciação cientifica e extensão, estejam amplamente sendo feitos, com certeza as avaliações terão um maior rendimento”, enfatizou o reitor da UFU. 

A FACIP/UFU está oferecendo, hoje, aos alunos da universidade, além do ensino gratuito que é próprio de toda universidade federal, todo um recurso que o governo federal repassa para a assistência estudantil, como Bolsas Moradia de R$250,00 para aqueles alunos que não tem onde morar; Bolsa Alimentação para que os alunos possam se alimentar e o Vale Transporte para o aluno de baixa renda que ingressou na universidade, para que ele não tenha que abandonar seus estudos por falta de sustentabilidade, bem como o apoio da biblioteca, sala de aula, entre outros, ressalou Alfredo Fernandes. 

Quanto ao evento que estava sendo realizado, o reitor da UFU enfatizou que este era para chamar a atenção sobre a saúde do servidor da universidade. Apesar de o evento ser realizado em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, acrescentou Alfredo Fernandes, a saúde não é apenas dedicada a um dia, mas sim todos os dias do ano e é preciso que todos cuidem de sua saúde para que mais tarde ter que tratar a doença e o bem maior de todos para suas respectivas famílias é a saúde e a UFU é uma família. Assim o bem maior que se pode dar ao segundo maior bem da universidade, que são os colaboradores é cuidar dessa saúde preventivamente, fazendo exames periódicos, prevendo qualquer tipo de doença que possa vir acometer algum dos funcionários da instituição.

Fonte:http://www.jornaldopontal.com.br/index.php?ac=news&id=2714

 A CARTA DA TERRA

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local.

Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humada e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relaçao ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.

b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoção do bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, a longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessario:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.

d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.

e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de formas que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.

f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.

b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.

c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal a assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

a .Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimeto humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.

c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência desaúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.

a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição.

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus própios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de desofrimentos.

b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c.Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.

 

5 de abril de 2010

Da Carta Capital

Professor da American University (EUA), Miguel Carter pesquisa há quase duas décadas os conflitos fundiários e a luta pela terra no Brasil. Nascido no México e criado no Paraguai, o cientista político percorreu mais de 160 mil quilômetros a bordo de um fusca preto pelos rincões do Brasil desde 1987, quando, ainda estudante, decidiu desbravar o interior com um mochilão nas costas. No início dos anos 90, já com uma bolsa de estudos da Columbia University, voltaria à rotina de viagens pelo País, desta vez com uma proposta de pesquisa mais elaborada, dedicada a lançar luzes sobre a questão fundiária brasileira.

O pesquisador acaba de lançar um livro sobre o tema, Combatendo a Desigualdade Social – O MST e a reforma agrária no Brasil (Editora Unesp, 564 págs., R$ 65). Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por renomados pesquisadores de universidades brasileiras, europeias e dos Estados Unidos, um trabalho que tem sido coordenado e organizado por Carter desde 2003.

Na obra, Carter destaca a importância da reforma agrária para reduzir as desigualdades sociais e defende a necessidade- de o Estado investir em políticas de redistribuição de renda. “Os estudos compravam que, quando temos uma situação de extrema desigualdade, isso atrapalha o desenvolvimento econômico.”

CartaCapital: No Brasil, há quem defenda que o País precisa crescer antes de repartir suas riquezas. O senhor defende o inverso. Por quê?

Miguel Carter: O Banco Mundial e o Bando Interamericano de Desenvolvimento (BID) têm feito estudos importantes, inclusive com avaliações econométricas, comprovando que, quando temos uma situação de extrema desigualdade, isso atrapalha o desenvolvimento econômico. Quem não tem acesso ao crédito, à terra e à educação não tem condições de produzir nem consumir, e isso impede o PIB de crescer. Nancy Birdsall, do Center for Global Development, comparou o desempenho da economia brasileira com o da Coreia do Sul, país que, após a Segunda Guerra Mundial, promoveu uma reforma agrária radical. E, ao fazer uma simulação, constatou que a economia brasileira teria crescido 17,2% mais entre 1960 e 1985 se tivesse os níveis sul-coreanos de igualdade social. A disparidade de renda custou ao Brasil ao menos 0,66% do PIB todos os anos.

CC: O que há de errado com o modelo de desenvolvimento?

MC: A questão central é o tipo de crescimento que estamos promovendo. De acordo com um relatório do Banco Mundial, o Brasil poderia reduzir a pobreza pela metade em dez anos com um crescimento de 3% e uma melhora do coeficiente Gini (indicador de desigualdade) de 5%. No entanto, o País levaria 30 anos para cumprir esse objetivo com os mesmos 3% de crescimento e nenhuma melhora na distribuição de renda.

CC: A reforma agrária é, de fato, capaz de reduzir as disparidades sociais?

MC: Ela é fundamental. Não é o único instrumento. Tem vários outros, como política salarial, de previdência, educação… É o conjunto dessas políticas que pode mudar o quadro de extrema desigualdade. O Brasil melhorou a distribuição de renda, mas ainda é o décimo país mais desigual do mundo. A reforma agrária pode contribuir para a redistribuição das riquezas, além de evitar o êxodo rural e estimular o desenvolvimento local. O Brasil poderia seguir o exemplo de diversos países asiáticos, que há décadas fixaram limites para o tamanho da propriedade rural. Na Coreia do Sul, é de 3 hectares. No Japão, varia de 1 a 10 hectares, conforme o acesso à irrigação.

CC: A que se deve o atraso brasileiro em promover uma ampla reforma agrária?

MC: O principal fator é o poder que tem a elite agrária no Brasil. Desde o tempo de Colônia, é um setor muito forte. Joaquim Nabuco e outros liberais já falavam em reforma agrária na época do Império, mas essa discussão sempre foi barrada. Getúlio Vargas, na década de 30, deu direitos aos trabalhadores urbanos, mas nem sequer permitiu a legalização dos sindicatos rurais. A classe camponesa foi a mais marginalizada e a que sofreu as piores repressões, nos diversos momentos autoritários.

CC: De que forma o governo favoreceu a elite agrária?

MC: No regime militar, o governo decidiu investir no fortalecimento e na modernização da agricultura, com uma grande carga de subsídios. Até hoje o volume de gastos estatais com o chamado agronegócio é muito superior ao pago à agricultura familiar. Estima-se a existência de 22 mil grandes proprietários que receberam, entre 1995 e 2005, algo em torno de 58,2 bilhões de dólares do governo federal. Ao passo que mais de 6,1 milhões de camponeses receberam apenas 10,2 bilhões no mesmo período. Essa política de forte estímulo à agricultura empresarial, em detrimento dos pequenos produtores, é fruto da ditadura.

CC: O que explica o surgimento de um movimento como o MST nesse cenário desfavorável?

MC: Após a redemocratização do País, criou-se um espaço para reivindicações, com maior liberdade de associação. É nesse contexto que surgem os movimentos sociais. No campo, o MST é o maior deles, o mais reconhecido. Mas a reforma agrária promovida nos últimos anos foi conservadora. Houve alguma redistribuição de terra, mas sempre após longos processos burocráticos e de forma residual. Não se redistribui terra pensando em mudar a estrutura agrária. E quase sempre isso ocorre em locais que não são de interesse da elite. Em áreas afastadas, na Amazônia, ou em pastagens não muito valorizadas.

CC: O que garantiu o êxito do MST?

MC: O MST decidiu bem cedo criar um movimento nacional, com dinâmica de mobilização de massas. E conseguiu isso com um êxito sem precedentes na história do Brasil. Juntar 12 mil pessoas, em 17 dias, para uma marcha pelo País em 2005, é uma coisa inédita não apenas na história brasileira como do mundo inteiro. Além disso, o MST criou importantes estratégias. Articulou-se em rede, criou uma estrutura descentralizada, baseada em processos decisórios coletivos. Não existe reforma agrária sem o Estado, assim como é muito difícil o governo promovê-la sem que haja reivindicação, uma demanda organizada. E o MST surge para organizar essa demanda. O movimento contribui para a democratização do País.

CC: Por quê?

MC: O MST vai aonde está a população mais pobre do Brasil e a convida para participar do movimento. O pessoal envolve-se nos acampamentos, aprende sobre os seus direitos, conhece a política do Brasil. Criam-se assim verdadeiras escolas de cidadania. As pessoas de fora entendem essa dinâmica melhor que vários intelectuais do Brasil, que veem uma ocupação de terra como um grande desrespeito ao Estado de Direito. Eles não entendem que a luta pela democratização implica choques desse tipo. Ás vezes é preciso violar certas leis em razão de um princípio maior. Os movimentos sociais não são inimigos, são arquitetos de uma nova ordem jurídica. O movimento operário, por exemplo, foi fundamental para a criação das atuais leis trabalhistas.

CC: E como o Judiciário se porta diante dessas demandas?

MC: O Judiciário, de modo geral, é um grande obstáculo. Não porque as leis são as piores. A lei permite a reforma agrária. O problema é a interpretação. Em boa parte, isso tem relação com a origem de classe dos juízes. Muitos são filhos de grandes fazendeiros, frequentam os mesmos clubes. Também há a questão da formação, que enfatiza certos aspectos da lei, e não outros.

CC: A partir do governo FHC, há uma maior distribuição de terras no Brasil, ainda que sob a perspectiva de uma reforma agrária conservadora, como o senhor define. Há alguma diferença entre a política de FHC e a do governo Lula?

MC: Comparados com os demais presidentes, eles distribuíram mais terra. Fernando Henrique, até pela conjuntura, o massacre de Eldorado dos Carajás, uma mobilização intensa, investiu nisso. Lula, de modo geral, mais ou menos manteve o que FHC fez. Eu tenho uma visão de reforma agrária mais restrita que a do Incra. Eu, por exemplo, excluo dos números da reforma agrária aquilo que é relacionado à regularização fundiária. Também não considero as áreas de reserva extrativista na Amazônia. Sou a favor, mas isso é um outro tipo de política. Excluindo esses dados, o número de assentamentos dos dois é muito semelhante.

CC: Não há nenhuma diferença?

MC: Houve, no governo Lula, a criação de uma série de programas de apoio à reforma agrária, como acesso ao microcrédito, incremento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, aumento da eletrificação rural. Aumentaram os recursos para a agricultura familiar. Nesse sentido, Lula foi menos conservador do que FHC. Por outro lado, Lula assentou muito mais gente na Amazônia e no Norte do Brasil, repetindo um padrão de colonização da época da ditadura.

CC: O Brasil foi capaz de estancar a concentração de terras?

MC: Essa reforma conservadora apenas reduziu o ritmo da concentração de terras, mas não foi capaz de desconcentrar nada. Para isso, seria necessária uma reforma progressista. Mas isso não está em pauta no governo. Está na pauta do MST e de alguns partidos de esquerda. No momento, infelizmente, a disputa é pela sobrevivência dessa reforma conservadora. Ou isso ou nada.

Começa hoje vacinação contra nova gripe para jovens de 20 a 29 anos

Segunda-feira, 5 de Abril de 2010

Pessoas nessa faixa etária podem se imunizar até 23 de abril.
Vacinação foi prorrogada para grávidas, doentes e crianças.

Começa nesta segunda-feira (5) em todo o Brasil a imunização contra a nova gripe para jovens saudáveis que tenham entre 20 e 29 anos. Esta etapa da vacinação vai até 23 de abril (veja abaixo o calendário completo da campanha).
Para ser imunizado, é preciso ir aos postos de vacinação levando documento de identidade com foto. O medicamento é contra-indicado a quem tem alergia a ovo.
Na última sexta-feira o Ministério da Saúde prorrogou até o dia 23 de abril a vacinação de grávidas, doentes crônicos (exceto idosos) e crianças de seis meses e menores de dois anos.
Para quem faz parte desses grupos, não é necessário apresentar atestado médico comprovando gravidez ou doença crônica. Na vacinação das crianças, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês que já completaram seis meses de idade e os menores de dois anos.
É muito importante levar o cartão de vacinação das crianças, diz o ministério. Elas receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois do dia 23 de abril, também poderá ser vacinada normalmente.
Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas sérios de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos.
Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem.
Os idosos com doenças crônicas devem aguardar. A população com mais de 60 anos terá uma etapa exclusiva, entre os dias 24 de abril e 7 de maio, juntamente com a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra gripe comum.